No dia 26 de março comemoramos o dia mundial da epilepsia também chamado de Purple Day. Esta data é um dia para conscientização sobre a epilepsia. Participe!
A epilepsia é uma doença na qual o indivíduo tem predisposição a ter crises epilépticas. É uma doença neurológica muito prevalente e afeta cerca de 2% da população mundial de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 5% da população terá, ao menos, uma crise epiléptica na vida. Muitos de nós temos familiares que tiveram, têm ou terão epilepsia; mas infelizmente devido ao preconceito não compartilham informações. A Epilepsia não é contagiosa e não é transmissível.
Não existe uma causa, mas inúmeras causas. A epilepsia pode acontecer por:
Existem inúmeros tipos de crises epilépticas. Sendo as mais comuns:
Assim como a hipertensão arterial e o diabetes, existe sim tratamento para epilepsia e na maioria dos casos é medicamentoso (uso de remédios específicos). A grande maioria das epilepsias (70 a 80 %), responde muito bem ao tratamento farmacológico com adequado controle das crises epilépticas. O tipo de medicamento e tratamento é individualizado e depende do tipo de crise, idade, perfil do paciente e síndrome epilética. O medicamento adequado para um paciente pode ser até prejudicial a outro. Cerca de 20% dos pacientes não respondem muito bem apesar do tratamento medicamentoso adequado, nesta fase existe a necessidade de avaliações mais criteriosas para indicações de outros tratamentos ou tratamentos alternativos (cirurgia em alguns casos, estimulador de nervo vago, etc.).
Depende de cada caso. Existem casos de propensão genética e autolimitada. Se um indivíduo com epilepsia para de ter crises com controle medicamentoso, após um período variável (2-3 anos), analisado caso a caso, faz-se a tentativa de retirada gradual da medicação. Se em outros casos existe uma causa estrutural operável, após um procedimento cirúrgico existe grande chance de cura.
Existe legislação Brasileira para isso. O paciente deverá preencher um questionário durante a solicitação da carteira de habilitação e deverá apresentar um parecer do médico neurologista.
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=108968
Resolução CONTRAN nº 267 de 15/02/2008
Existem drogas anticonvulsivantes com maior ou menor potencial teratogênico, assim como vários anticonvulsivantes interferem na questão dos anticoncepcionais. Em mulheres com epilepsia o ideal é que a gestação seja planejada com seu médico, já que existem estratégias no manejo da epilepsia que reduzem os riscos para a mãe e para o bebê.
http://neuromeddiagnosticos.com.br/noticia/epilepsia/epilepsia-na-mulher
7. Oque fazer durante uma crise?
http://neuromeddiagnosticos.com.br/noticia/epilepsia/oque-fazer-durante-uma-crise-epileptica
Consulte seu médico, tire todas as suas dúvidas no consultório. Na Epilepsia é muito importante a interação médico paciente e a aderência ao tratamento.
Dra. Lucia Sukys Claudino
Neurologista e Neurofisiologista Clínica
Responsável pelo ambulatório de Encefalopatias Epilépticas adulto HU/UFSC