18/10/2019
Epilepsia de difícil controle ou epilepsia refratária
O QUE É EPILEPSIA REFRATÁRIA? Como tratar?
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A persistência na frequência das crises epilépticas após o uso de pelo menos duas medicações devidamente indicadas para o tipo de epilepsia do paciente (focal ou generalizada), utilizadas em associação ou não com outras (ex.: carbamazepina, valproato de sódio, lamotrigina, topiramato, etc.), recebe a denominação de epilepsia refratária ou de difícil controle medicamentoso. Este tipo de epilepsia está presente em 30% dos casos.

Cerca de 70% dos pacientes com epilepsia responde com controle de crises quando tratados adequadamente (o fármaco/medicamento correto para o tipo de epilepsia ou de crises epilépticas).

Quando um paciente evolui com epilepsia de difícil controle, o ideal é que seja avaliado por um especialista em Epilepsia. Isso vai determinar o direcionamento do tratamento.

QUAIS OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS PARA EPILEPSIAS REFRATÁRIAS?

O tratamento é individualizado caso a caso.

Muitos pacientes necessitarão de um exame de Vídeo-EEG mais prologando para diagnóstico.

  • Alguns pacientes serão bons candidatos a cirurgia de Epilepsia, muitas vezes com chance de cura ou melhora acentuada do controle de crises.

Pacientes que não são candidatos a cirurgias, ainda assim têm outras possibilidades de tratamento:

  • Neuromodulação-estimulador de nervo vago VNS (pequeno aparelho médico, que através de um condutor envia minúsculos impulsos elétricos ao eletrodo ligado ao nervo vago situado no pescoço com o objetivo de modular a atividade cerebral para reduzir a frequência ou a gravidade das crises epilépticas.
  • Dieta cetogênica- visa controlar e/ou reduzir a frequência das crises epilépticas através do aumento na ingestão de alimentos fonte de gordura e redução dos alimentos fonte de carboidrato e proteína que deverão ser pesados em balança própria para alimentos, conforme orientação nutricional. 
  • Avaliação de outros fármacos: politerapia racional, canabidiol (para quadros específicos e com importação de produto de qualidade comprovada) e/ou novas drogas (brivaracetam, everolimus, perampanel, rufinamida etc).

 

Dra Lucia sukys claudino

Neurologista e especialista em Epilepsia

 

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