10/07/2018
Crise epilética e Epilepsia na infância
Epilepsia na criança
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A incidência de epilepsia na infância é muito variável, 41-187/100,000 habitantes. Metade dos casos de epilepsia têm início na infância, em geral até 5 anos de idade. Cerca de 70% a 80% remitem/desaparecem até a adolescência.

20% a 30% dos casos podem ser considerados formas mais graves (difícil controle) e permanecem até o fim da vida. É improvável que uma primeira crise circunstancial se repita. Se uma primeira convulsão não for provocada, no entanto, em cerca de 30 a 50% dos casos elas ocorrerão novamente.

Como saber se seu filho tem epilepsia?

Hoje em dia a definição de Epilepsia mudou. O paciente tem que ter apresentado pelo menos uma crise epilética não circunstancial e algum exame demonstrando a predisposição a recorrência de crises. Em geral precisa de um eletroencefalograma (EEG) e/ou um exame de imagem alterado, em geral RMN (ressonância magnética nuclear).

Oque é crise circunstancial?

São crises epiléticas que acontecem por um evento externo e não por epilepsia, por exemplo: intoxicação por medicamentos, infecção (meningite), hipoglicemia, insuficiência renal, insuficiência hepáticas, abstinência de drogas etc.

O que fazer quando uma criança está sofrendo uma crise epilética?

Toda crise epilética inédita deve ser investigada. Durante a crise colocar a criança de lado e afrouxar as roupas, proteger a cabeça e cronometrar a duração da crise. Nunca introduzir nenhum objeto na boca. No mais, o que resta é esperar a crise se encerrar e não assustá-la para que ela se sinta acolhida e levá-la ao médico.

Após a primeira crise a criança deve ser avaliada e realizar um eletroencefalograma, exame de imagem, exames de sangue e as vezes análise do liquido da espinha (liquor). O objetivo é determinar se foi uma crise isolada ou se é Epilepsia, e caracterizar a síndrome epilética.

Na infância é muito importante determinar a síndrome epilética, porque muitas epilepsias na infância são genéticas. Algumas são autolimitadas e algumas têm crises muito pouco frequentes. Ë muito importante definir o diagnóstico para determinar o melhor tratamento e se existe a necessidade de tratamento medicamentoso.

 

Dra. Lucia Sukys Claudino

Neurologista e Neurofisiologista Clínica

 

 

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