O tremor é forma mais comum das afecções denominadas Distúrbios do Movimento. Caracteriza-se por uma oscilação involuntária e rítmica que pode ocorrer em qualquer parte do corpo. As condições que podem causar tremor são muito variadas, sendo as mais comuns:
1. Condições fisiológicas, como situações de stress, ansiedade e fadiga muscular;
2. Tremores associados ao uso de algumas medicações;
3. Alterações metabólicas como hipoglicemia, hipertireodismo, uso excessivo de cafeína ou abstinência alcoólica;
4. As síndromes parkinsonianas em si;
5. Lesões encefálicas em regiões específicas, por exemplo cerebelo ou mesencéfalo;
6. O tremor essencial, em que história familiar positiva é encontrada em até 50 % dos casos;
7. Tremores relacionados a tarefas específicas (inclusive na distonia do músico e câimbra do escrivão);
8. E ainda causas hereditárias mais raras.
Para o correto diagnóstico, são fundamentais a entrevista do paciente (anamnese) e o exame físico detalhados, os quais fornecem as informações chaves para a causa mais provável.
É necessário saber:
- As circunstancias em que o tremor se manifesta: os movimentos e as posições em que há melhora ou piora do tremor.
- A frequência em ciclos por segundos (Hz) em que as oscilações acontecem
- A localização do corpo acometida pelo tremor
- Se há familiares com sintomas semelhantes -
- Se existem outras alterações neurológicas acompanhando o tremor
- E o tipo de tremor (“jeito” que o tremor) ao exame.
Por exemplo, o tremor parkinsoniano tem classicamente um aspecto de contar moedas; enquanto na Doença de Wilson se observa um tremor em bater de asas.
Para cada uma dessas situações há um tratamento adequado, facilitando a execução das tarefas do dia a dia.
Se tremor é algo que lhe causa prejuízo, algo que atrapalha sua vida, procure um especialista (neurologista) que possa auxiliar no seu diagnóstico e melhorar sua qualidade de vida.
Dra. Mayara dos Santos Morais
Neurologista