11/05/2018
ESCLEROSE MÚTIPLA-EM
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ESCLEROSE MÚTIPLA 

É uma doença inflamatória, autoimune que afeta de maneira mais evidente a bainha de mielina que é a camada que reveste as fibras o sistema nervoso tanto na sua porção central (encéfalo e medula) quanto periférica (nervos periféricos). No encéfalo (a parte do sistema nervoso que está dentro do crânio) essa camada de mielina também é conhecida como substância branca, por isso a esclerose múltipla é considerada uma doença da substância branca embora já saibamos a muito tempo que ela afeta também outras áreas do cérebro. Na literatura latina a esclerose múltipla (EM) também é chamada de esclerose em placas devido a influência da escola médica francesa.

 

Qual é a causa da Esclerose múltipla?

Um progresso considerável tem sido feito na elucidação dos mecanismos que levam a instalação da EM e sabemos que a EM é uma doença autoimune, isto é, o sistema imune que protege o corpo contra ameaças externas e doenças, por algum motivo, começa a atacar o próprio organismo tendo como alvo a bainha de mielina.

Provavelmente a causa da EM está ligada a fatores genéticos associados a fatores ambientais, entre eles estão; infecção prévia por virus Epstein Barr e outras infeções, não exposição a luz solar e muitas outras. Uma polêmica atual é o papel da Vit D na origem da EM.

Quais os sintomas de EM? 

A EM tem formas diferentes mas a mais comum é o tipo remitente-recorrente ou surto remissão em que o paciente tem uma exacerbação ou piora da doença conhecida como surto em que sintomas variados podem aparecer como alteração visual súbita (visão borrada, dupla, ponto escuro), fraqueza muscular em um ou mais membros, formigamento ou dormência localizada, dificuldade de equilíbrio para ficar ereto ou andar, paraparesia (fraqueza nas pernas) etc...

Como os sintomas de EM são muito parecidos ou podem ser encontrados em outras condições como simples compressão de um nervo, o diagnóstico as vezes é desafiador e a avaliação de um neurologista com experiência na doença é de grande valor. Os exames de imagem, notadamente a Ressonância Magnética tem um papel fundamental no diagnóstico.

E o tratamento? E o papel da vitamina D?

Continua no próximo texto.

Dra. Rinaldo Claudino

Neurologista

 

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